10 de jun. de 2011
Uma nova forma de democracia
Os cientistas são cooptados pelas corporações, em verdadeiros leilões pelas melhores mentes, incentivados por bolsas ao serem detectados, já no ensino médio, com o intuito de concentrar o controle tecnológico nas mãos de poucos e vender seus produtos ao preço que quiserem, pela simples falta de concorrência. Entretanto, o fenômeno da Web 2.0 (onde o usuário também produz conteúdo) funciona como um tiro no pé dado por essas elites sem nome, sem rosto e sem escrúpulos.
A comunicação sem fronteiras é o desejo de todo grupo, minimamente, organizado: logo, democratizar o acesso à internet e a troca de informação por redes é dar ferramenta para a criação de mentes cada vez mais críticas, em qualquer lugar do mundo. O que pode ser muito ruim para os governos estabelecidos sem a participação democrática (como nas recentes crises do Oriente Médio) ou para políticas econômicas que privilegiam, excessivamente, uma pequena parcela da população. Os jovens espanhóis do 15M, que lutam por empregos e mais qualidade de vida, contagiaram a Europa com o movimento “Indignados”, em um décimo do tempo que os “rebeldes” de 1968. Graças à internet.
O jovem brasileiro precisa seguir o exemplo e começar a lutar por maior e melhor acesso à educação para todos, senão corremos o risco de nos tornarmos um enorme país de tecnólogos a serviço do “gringo” que pagar melhor. Afinal, temos que sustentar nosso vício em carnaval, futebol e cerveja!
Denise Homem
http://abciber.org/publicacoes/livro1/textos/os-pilares-estruturais-das-comunicacoes-contemporaneas/
A globalização e o feudo
Novos tempos nos assolam, com o aceno da experiência radical da imersão na vida cibercultural. Por um lado, a solução de problemas corriqueiros do dia a dia: pagamento de contas, marcação de consultas, fornecimento de serviços. As máquinas a serviço do homem, aumentando a qualidade de vida e simplificando processos rotineiros. Por outro, a dominação do homem pelo homem: a vigilância do cidadão por meio de seus equipamentos eletrônicos, a ciberguerra, o ataque dos hackers, a supremacia de uma corporação sobre um Estado Nação.
A tecnologia cada vez mais sofisticada permitirá a correção de deficiências físicas, a prevenção de doenças por análise do material genético retirado do cordão umbilical, a construção de casas que se comunicam com os donos e “tomam” decisões na ausência deles. Mas, tudo a um preço inimaginável para a maior parte da população. Ou seja, o seu sonho de consumo daqui a dez anos pode não ser mais aquele carrão e, sim, um banco de material genético para o seu filho!
Nos anos 50 do século XX, o cinema e a televisão eram usados para fabricar o cidadão perfeito, nos moldes do American Way of Life. Hoje, essa função está a cargo da internet, que exige ligação íntima entre homem e máquina. A ilusão agora, fabricada frente à tela interativa, é de que somos todos globalizados. Nem mesmo é preciso dizer “Yes” para fazer parte, a máquina traduz, inclui e... domina. Entretanto, os espaços físicos estão cada vez mais degradados, o planeta cada vez mais populoso e aquecido, as Nações falidas reconfigurando as fronteiras em imensos feudos, como Alca, Mercosul e Comunidade Européia.
As relações, cada vez menos éticas e mais impessoais, devem ser retomadas. A principal reforma diante desse admirável mundo novo deve, urgentemente, ser feita no homem.
Denise Homem
10 de abr. de 2011
LUTO!
DENISE HOMEM
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16507
30 de mar. de 2011
Ser negro no Brasil hoje
Denise Homem
http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=527
http://erecomsalvador2011.blogspot.com/2011/02/mulher-negra-no-brasil.html
18 de mar. de 2011
UNESCO DIVULGA RANKING GLOBAL DE EDUCAÇÃO
O Relatório de Monitoramento Global em educação da Unesco, relativo a 2011, foi lançado dia 1º de março em Nova York. No documento são analisados o desempenho anual de 127 países em relação às metas firmadas no documento Educação Para Todos (EPT) de 2000. Os líderes são Japão, Reino Unido e Noruega, respectivamente.
Brasil está na 88ª colocação, mesma de 2010, entre os países de nível "médio" de desenvolvimento na área e continua longe de alcançar o índice estabelecido para 2015 em relação aos seis itens a ser alcançados pelos membros: reduzir em 50% as taxas de analfabetismo, acesso universal à educação básica, ampliar a educação infantil, eliminar as diferenças de acesso ao ensino entre homens e mulheres, garantir o atendimento de jovens em programas de aprendizagem e melhorar a qualidade da educação. Segundo o coordenador de educação da Unesco, Paolo Fontani, o que atrapalhou o desempenho do país foi a dificuldade de manter as crianças na escola, pois a gestão da educação básica é municipal e estadual, causando dificuldades imensas de coordenação pelo governo federal. Com isso, na América Latina, o país está atrás de Argentina, Chile, Equador e Bolívia.
8 de fev. de 2011
CONSTRUINDO O FUTURO HOJE
A economia brasileira vive um paradigma: enquanto encontra novos mercados com a globalização, não possui mão de obra qualificada o bastante para lidar com as novas técnicas de produção.
As causa são várias e interligadas, desde a crise na educação com salas superlotadas, professores e alunos desmotivados, escassez de recursos até a falta de investimento em pesquisa e implementação de tecnologia de ponta nos laboratórios.
Nas últimas cinco décadas a expressão “país do futuro” foi repetida em sintonia pelos políticos e pela população. Agora o futuro chegou e o cenário que se percebe é o de que tudo está por construir, refazer e modernizar. Não existem mais desculpas de adiar o projeto de Brasil para todos os brasileiros e não só para as elites.
Embora ter esperança envolva esperar, a espera deve ser proativa, conciliando trabalho árduo e formação contínua, prevenindo e preservando para colher bons frutos.
Com eventos importantes como Copa e Olimpíadas agendados para os próximos anos, o país tem uma nova chance de se emancipar definitivamente e assumir o papel de uma nova liderança, com sonhos sim, mas sem tirar os pés do chão.
DENISE HOMEM